Dia desses andava eu pelas ruas e comecei a reparar na arquitetura (?!) das casas e prédios. Andar de ônibus, quando não tá extremamente cheio e quente, pode ser uma experiência quase libertadora. Pois sim, finalmente notei as construções novas em Santa Maria de Belém do Grão Pará e todas parecem demais entre si. Os prédios com aqueles tijolinhos finos que tão hypados nas fachadas atuais (pra dar um ar de displicência organizada, descolada e coisa e tal), os malditos tijolinhos de vidro e a porcaria dos jardins de pedrinhas sempre brancas e polidas com palmeirinhas com as distâncias entre si milimetricamente medidas e outras plantas igualmente insossas. Se é que dá pra chamar isso de jardim. Até as grades são lisas, sem nenhum tipo de ornamento.
Sinceramente, me chamem de antiquada, mas eu prefiro algo mais rococó ou verdadeiramente caótico. Prefiro aquelas grades mega-trabalhadas, com trocentas reentrâncias das casas da Cidade Velha. Prefiro as casas da periferia, construídas, em sua maioria, sem engenheiro ou arquiteto, e justamente por isso mais diferentes entre si, adequadas à realidade das pessoas. Prefiro jardins relativamente aleatórios, onde a ordem das plantas não é dada pelo paisagista, mas pelo lugar onde as sementes germinaram. Jardins cheios de flores e árvores frutíferas, e, MANGUEIRAS! Alguém me explica o motivo de não plantarem mais Mangueiras na dita cidade delas?
Perdi a mão legal nesse post. Mas que há mais beleza na naturalidade, isso há.